Foto: Agência Brasil
Combustível fica mais barato na bomba só quando companhias distribuidoras reduzem preço 07 de novembro de 2018 | 14:34

Fecombustíveis explica por que queda de preço custa a chegar à bomba

economia

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) divulgou hoje (7) nota oficial na qual procura explicar por que a queda de preços da gasolina e do diesel nas refinarias demora a ser repassada ao consumidor final. “Apesar de a Petrobras divulgar quedas de preços da gasolina e diesel nas últimas semanas, o repasse deste menor custo não acontece na mesma velocidade e proporção nas bombas”, diz a nota da Fecombustíveis. No período de 25 de setembro a 7 de novembro, o preço da gasolina nas refinarias Petrobras chegou a cair 23,8%, mas a queda não foi sentida pelos consumidor. Segundo a federação, isso se deve ao funcionamento da cadeia de combustíveis, que é formada por refinarias, distribuidoras e postos. “Pelas regras atuais, os postos não podem comprar gasolina e diesel direto das refinarias. Compram apenas das companhias distribuidoras, que são responsáveis por toda a logística do abastecimento nacional em todos os estados brasileiros.” A nota da Fecombustíveis destaca que as refinarias comercializam gasolina A (sem etanol anidro) e diesel A (sem biodiesel) para as distribuidoras e acrescenta: “nas bases da distribuição são adicionados 27% de etanol anidro e 10% de biodiesel, que, após a mistura, tornam-se gasolina C e diesel C, que são vendidos e distribuídos para os postos por meio rodoviário via caminhões-tanques”. “Como os postos de combustíveis não podem comprar das refinarias, eles só conseguem diminuir os preços quando as companhias distribuidoras eventualmente os reduzam”, diz a Fecombustíveis. “Os preços da revenda estão ligados diretamente aos preços das companhias distribuidoras, ou seja, se elas reduzirem, os postos, consequentemente, também repassam a redução.” De acordo com a Fecombustíveis, os valores praticados pela Petrobras são aproximadamente um terço do preço pago pelo consumidor nos postos, mas é preciso levar em conta também os custos dos biocombustíveis, impostos, fretes e as margens de lucro.

Agência Brasil
Comentários