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Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência da República 19 de outubro de 2018 | 14:49

Haddad critica ‘silêncio absoluto’ do TSE sobre suposta compra de mensagens de WhatsApp

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O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, criticou na manhã desta sexta-feira, 19, o “silêncio absoluto” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a denúncia publicada na quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo de que empresas supostamente teriam comprado pacotes de disparos de milhões de mensagens via WhatsApp, de apoio ao candidato ao PSL, Jair Bolsonaro, e contra o PT. “Estamos a 10 dias do segundo turno. Se a Justiça tomar providências, podemos ter menos desequilíbrio no segundo turno do que teve no primeiro”, afirmou. “O que aconteceu já é muito grave. Muitos parlamentares, uma parte do novo Congresso, foram eleitos com base nessa emissão de mensagens. Santinhos foram distribuídos em massa. É uma Justiça analógica para um crime digital”. Ele lamentou ataques feitos por eleitores de Bolsonaro à jornalista autora da reportagem. “Meu adversário não convive bem com jornalismo livre. Nós nem temos jornalismo livre”, declarou, criticando a concentração dos veículos de comunicação. Haddad também fez críticas à elite brasileira (que em parte apoia Bolsonaro). “Trata-se de um momento difícil porque a elite, que durante dois anos procurava o seu (Emmanuel) Macron (presidente da França), nos entregou Jair Bolsonaro, tamanha desproporção que existe entre um estadista, do qual você pode divergir, e uma pessoa que figura entre os piores parlamentares da história republicana”. Sobre a afirmação de Bolsonaro de que ele já está “com a mão na faixa presidencial”, Haddad classificou de “arrogância de quem é inexperiente”.

Estadão
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