Foto: Werther Santana/Estadão
Doria e França participam de debate na Rede Record nesta sexta-feira 19 de outubro de 2018 | 20:50

Em debate, França se diz ‘anti-Doria’ e tucano acusa adversário de ‘carreirista’

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Em empate técnico na última pesquisa de intenção de votos para o governo de São Paulo, os candidatos João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) mantiveram o clima de tensão no segundo debate do segundo turno, promovido pela Rede Record na tarde desta sexta-feira, 19. Os dois brigaram para ver quem cola em quem a imagem de “petista”, já que a estratégia ganhou força no momento em que os paulistas expressam forte rejeição ao PT na eleição presidencial e dão boa vantagem a Jair Bolsonaro (PSL) na disputa com Fernando Haddad (PT) no cenário nacional. A troca de farpas, que começou nas campanhas dos horários eleitorais em rádio e TV, continuou no encontro realizado na quinta, 18, na TV Bandeirantes, deu o tom do primeiro bloco, com ataques diretos, críticas, ironias, acusações, interrupções e vaias da plateia, tudo isso em meio a uma baixa apresentação de propostas concretas para a população do Estado. Entre os momentos mais tensos do debate, no começo do segundo bloco, França citou a rejeição do rival por ter deixado a Prefeitura da capital para ser candidato ao governo do Estado. O candidato do PSB se apresentou como o “anti Doria” e afirmou que “as pessoas votam em mim só para não votar em você. É um anti Doria”, disse França. “Vejo teu jeito, teu olhar, parece uma coisa ensaiada, inventada”, atacou. Doria lembrou que foi o candidato mais votado na capital e no interior no primeiro turno. “A população quer a mim como governador e não a você, por isso eu passei em primeiro lugar para o segundo turno”, rebateu o tucano, declarando estar à frente na disputa em quatro pesquisas eleitorais. Em outro embate, o tucano acusou Márcio França de usar o helicóptero da Polícia Militar para compromissos particulares, acusação negada pelo adversário. França, por sua vez, disse que o adversário usou o Palácio dos Bandeirantes para fazer uma festa de seu grupo empresarial. “Acha que tudo pode pagar. Quer comprar a rua, comprar as pessoas, sua consciência, porque ele pode pagar”, disse o candidato do PSB. Enquanto Doria classificou França como “carreirista da política”, o outro candidato disse que, se o tucano for eleito, não vai visitar o interior assim como teria “abandonado” a capital paulista quando foi prefeito. “Eu sou diferente, eu penso grande”, respondeu o candidato do PSDB. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
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