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Governador Rui Costa atacou ontem o presidenciável Jair Bolsonaro 23 de outubro de 2018 | 09:09

Ataque de Rui a Bolsonaro preocupa aliados, que prevêem aumento de sua dependência na bancada federal

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Aliados, sobretudo os de partidos de centro, andam apreensivos com o tom com que o governador Rui Costa (PT) tem tratado o candidato Jair Bolsonaro (PSL), virtual presidente eleito no segundo turno, marcado para o próximo domingo. Eles lembram que, diferentemente do atual presidente, Michel Temer (MDB), a quem o governador diversas vezes dirigiu o termo “golpista”, entre outros adjetivos, sem sofrer nenhum tipo de retaliação, o capitão reformado tem deixado claro seu espírito autoritário. “Está claro que Bolsonaro e sua turma são do tipo que bancam revanches, ainda mais se o adversário for um petista”, diz um deputado federal ligado ao governador, lembrando ainda que, durante um vídeo exibido este final de semana numa manifestação, Bolsonaro disse que governadores que fizerem oposição radical terão “tratamento secundário”. No programa “Papo Correria” de ontem, transmitido pelas redes sociais, Rui chamou Bolsonaro de “frouxo, covarde e despreparado”. “O governador vai ter que se adequar ao novo momento. Ele não vai mais poder se posicionar como oposição, como fez no governo Temer’, diz o mesmo parlamentar, afirmando que o tempo de “moleza” acabou. Agora, pontua o governista, todo senso de estratégia precisa ser utilizado, ainda mais que tudo indica o re-fortalecimento do prefeito ACM Neto (DEM) por meio do deputado federal cariosa Rodrigo Maia (DEM), que deve ser reeleito presidente da Câmara no futuro governo. Para um outro deputado, Rui vai começar a ver como será importante ter uma bancada de deputados na Câmara coesa e unida em defesa de seu governo em Brasília, e os parlamentares ganharão outro status no grupo. “Tudo será novo, mas já vislumbramos tempos difíceis para o governador”, prevê o parlamentar.

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