Foto: Divulgação/Arquivo
José Ronaldo, com a vice, Mônica Bahia, no dia do lançamento oficial de sua candidatura 13 de setembro de 2018 | 09:13

Situação de Alckmin e agora de Bolsonaro deixa Ronaldo sem muleta nacional

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A dificuldade de crescimento do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), hoje embolado com Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) no segundo lugar das intenções de votos, segundo as pesquisas, tem levado apreensão à campanha ao governo de José Ronaldo (DEM).

Desde o princípio, o candidato democrata apostava na ascensão do presidenciávell tucano, o qual seu partido apóia nacionalmente, como forma de crescer também em meio ao eleitorado baiano. Ocorre que este momento tem demorado a chegar.

Antecipando as dificuldades do tucano e até contrariando a opinião de alguns assessores, Ronaldo sempre evitou assumir conexão exclusiva com Alckmin, deixando aberta a porta para relacionar-se com outros candidatos que avançassem eventualmente em seu lugar.

Estariam neste campo o presidenciável Henrique Meirelles (MDB) e o próprio Ciro, que trafegam na faixa da centro-direita e centro-esquerda, respectivamente, mas especialmente  o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, com cujo núcleo de apoio na Bahia o democrata tem relações muito próximas.

Não é segredo de ninguém que ainda na fase da pré-campanha Ronaldo despachou figuras próximas ao seu núcleo político para organizar um dos primeiros eventos de Bolsonaro na Bahia, realizado num hotel no litoral norte.

No entanto, a situação do ultradireitista, internado desde a quinta-feira passada, em estado grave, depois de uma facada, se tornou uma verdadeira incógnita nestas eleições, apesar de ele continuar como o líder das intenções de voto até agora.

Um aliado de José Ronaldo admite a este Política Livre que, depois da segunda cirurgia a que Bolsonaro foi submetido, ontem, não há espaço sequer para conversas sobre campanha com seus filhos, que funcionam como articuladores políticos do presidenciável.

“A situação de Bolsonaro está se complicando, o tempo está passando e do lado dos seus representantes percebemos, até pela gravidade do seu estado de saúde, que há pouca disponibilidade para qualquer tido de entendimento”, diz a mesma fonte.

Para ela, o quadro como um todo é um indicativo forte de que, com a muleta do candidato presidencial puxador de votos, tão importante em eleições estaduais na Bahia, Ronaldo não poderá pelo visto contar.

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