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Flávio, filho mais velho de Bolsonaro, um dos articuladores políticos do candidato 14 de setembro de 2018 | 10:49

Gravidade do quadro de Bolsonaro coloca seu eleitor ante grande impasse

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O eleitor convicto de Jair Bolsonaro, quer por motivos de identidade ou político, campo em que se encontram aqueles que votam nele porque equivocadamente acham que é o único que pode impedir o retorno do PT ao poder, está aos poucos se confrontando com a dura realidade de sua situação de saúde.

Os prognósticos mais otimistas dão conta de que, se tudo correr dentro dos conformes, o presidenciável do PSL precisará de quatro a seis meses para estar plenamente recuperado. Em miúdos, isso significa que ele não só não poderá participar das campanhas, de primeiro e segundo turno.

Se a recuperação se estender aos seis meses, por exemplo, até sua posse no ano que vem, no caso de eleito, estará comprometida. Mais do que isso, até que se recobre de forma completa, o país não contará com seu presidente de forma integral. O dividirá com as necessidades típicas de um convalescente.

Ninguém duvida de que o Brasil não precisa apenas de um presidente saudável. Em meio a tamanha crise, que só terá se aprofundado até o ano que vem, é necessário alguém com força, disposição e muita energia para tomar as rédeas do país e buscar domar uma situação econômica grave.

Bolsonaro, por mais que saia do Hospital e esteja restabelecido até lá, não será, definitivamente, esta figura. Estará, se for dono de uma saúde e constituições físicas de ferro, extremas, invejáveis, ainda em processo de recuperação, dada a idade e a gravidade da agressão.

E o eleitor de Bolsonaro, sobretudo aquele que vê nele a antítese do petismo, estará disposto a correr tamanho risco? Estará aberto a simplesmente fechar os olhos, escolher um candidato e entregar o país a um político cujo futuro se tornou insondável?

Se ele conta em que o entorno de Bolsonaro poderá ajudá-lo, está querendo mais uma vez enganar-se. O clima de barata-voa no primeiro-time do presidenciável, no qual se incluem seus filhos, demonstra que o candidato é um centralizador. Tudo e todos dependem dele.

Além disso, está ficando cada vez mais claro que não há, entre os demais que o acompanham, um líder que, na primeira grande crise com que estão se defrontando, consiga conduzir a todos, inclusive o próprio candidato, a um porto seguro.

Definitivamente, não deve ser isso com que o anti-petista espera contar.

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