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Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso 16 de agosto de 2018 | 11:21

‘Faremos o que é certo’, diz Barroso sobre caso Lula no TSE

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O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira, 16, que a Corte Eleitoral “fará o que é certo” ao ser indagado sobre quem fica com a relatoria do pedido de registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. O Partido dos Trabalhadores decidiu na última quarta-feira, 15, questionar no TSE o sorteio eletrônico que distribuiu a relatoria do registro de Lula a Barroso. A definição da relatoria levou a Corte a analisar se o caso seria ou não de prevenção, ou seja, se algum ministro teria preferência na distribuição do processo. O PT defende que os casos devam ficar com o ministro Admar Gonzaga, que recebeu pedidos de impugnação contra a candidatura do petista. O ministro Admar Gonzaga é o relator de ações do Movimento Brasil Livre (MBL) e do candidato a deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) que pedem a impugnação da candidatura de Lula. Como o caso caiu nas mãos de Barroso, Gonzaga pode agora decidir se mantém os pedidos de impugnação com ele ou se repassa a Barroso. Uma fonte ouvida reservadamente pelo Estado acredita que é uma contradição os pedidos de impugnação de Frota e do MBL terem sido encaminhados a Admar Gonzaga, enquanto o registro de Lula foi para Barroso. “Nisso, como em tudo mais, faremos o que é certo”, disse Barroso a jornalistas, ao ser questionado sobre a controvérsia em torno da definição da relatoria do caso. Barroso fez a curta declaração à imprensa depois da solenidade de posse do ministro Edson Fachin, que foi efetivado nesta quinta-feira na composição titular do TSE. Conforme informou o Estadão/Broadcast na última quarta-feira, 15, Barroso não deve decidir de forma monocrática (individualmente) sobre o pedido de registro de Lula, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com interlocutores do ministro, Barroso acredita que a questão é institucionalmente relevante e deve ser submetida à análise do plenário o mais rápido possível.

Estadão
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