16 de agosto de 2018 | 14:13

Em um ano, Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutilizadas, diz IBGE

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A elevada subutilização de mão de obra no mercado de trabalho mostra que o cenário não é tão favorável, mesmo que haja aumento na ocupação e redução no total de desocupados, avaliou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas em um ano, o Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutilizadas. A taxa de subutilização da força de trabalho subiu a patamar recorde em seis estados brasileiros no segundo trimestre: Maranhão (39,7%), Sergipe (37,6%), Amapá (36,2%), Roraima (24 8%),São Paulo (21,7%) e Rio de Janeiro (20,0%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 24,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quinta-feira, 16, pelo IBGE. “Mais de um terço da população nordestina está subutilizada (36 1%). Quase um quarto da população brasileira está subutilizada (24,6%). No Sudeste, mais de um quinto está subutilizada (21 7%). Seis estados têm maior taxa de subutilização da força de trabalho da série”, enumerou Azeredo. Em um ano, o Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutilizadas, resultado puxado pelo aumento na população subocupada por insuficiência de horas. São pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais e estariam disponíveis para isso. “A subutilização da força de trabalho está maior que no ano passado. A desocupação está caindo, na comparação interanual, mas o porcentual de pessoas subutilizadas está subindo. O mercado de trabalho vai além do desemprego. São pessoas que poderiam estar trabalhando”, disse Azeredo.

Estadão Conteúdo
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