03 de agosto de 2018 | 13:13

Decisão do STF tornou desinvestimento mais desafiador, diz Petrobras

economia

A meta de desinvestimentos, de US$ 21 bilhões até o fim do ano, ficou “muito mais desafiadora” a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de exigir que venda de controle de ativos deve ser previamente aprovada pelo Congresso, segundo o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. Em coletiva de imprensa para apresentar o resultado financeiro do segundo trimestre, o executivo informou que a meta está mantida e que a previsão é de que entrem mais US$ 2 bilhões neste ano, que se somarão a outros US$ 5 bilhões já contabilizados. Assim, o somatório de desinvestimento em 2018 deve alcançar US$ 7 bilhões. “Uma das maiores contribuições (de venda da TAG) teve o processo paralisado por conta da decisão do STF. Mas a gente manteve a meta, em especial porque tem outros ativos importantes que estão na fase final (de negociação de venda)”, afirmou Monteiro. Ele acrescentou ainda que a “alta do petróleo tem contribuído para um aumento da liquidez e do grau de interesse pelos ativos de exploração e produção, com reflexos em preços melhores do que o estimado no início do ano”. O presidente da Petrobras destacou que a projeção de preço do petróleo para o ano é de US$ 53 por barril. Ainda que nos últimos dias a cotação tenha caído, não chega a prejudicar o resultado, pelo contrário. O atual patamar de negociação do Brent e do WTI ajuda a manter a meta de desinvestimento e não chega a preocupar o resultado financeiro do segundo semestre. “O preço do petróleo tem uma volatilidade enorme, não em resposta a eventos de oferta e demanda, mas por conta de eventos geopolíticos, que são incontroláveis. Na oferta e demanda, a gente tem uma certa estabilidade”, disse Monteiro. Ao ser questionado sobre a marca da sua gestão no resultado da companhia, o presidente da Petrobras afirmou ainda que está mantido o perfil de austeridade implementado já na gestão do seu antecessor, Pedro Parente. “Não há qualquer alteração no plano de negócios, aprovado pelo conselho de administração da companhia. Vamos entregar os resultados prometidos”, afirmou.

Estadão Conteúdo
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