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O ex-governador Jaques Wagner (PT) 17 de julho de 2018 | 20:30

Crescem no PT negociações para Wagner substituir Lula como candidato, diz site

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Apesar da insistência de que a candidatura do ex-presidente Lula será registrada, cresceram no PT as conversas sobre o nome de Jaques Wagner para assumir a chapa com o provável impedimento do ex-presidente, disseram ao site da agência de notícias Reuters fontes que acompanham o assunto. O ex-governador baiano sempre foi um dos cotados como plano B do PT, junto com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. No entanto, Wagner, que tem boas chances de se eleger senador, negava que aceitaria a missão. Nas últimas semanas, no entanto, ele tem dito que não teria como negar um pedido de Lula. Fontes ligadas ao ex-governador admitem que a pressão tem sido grande sobre ele. “Prioridade na cabeça dele (Lula) seria mais Jaques. Não é, demérito do Haddad, mas a gente considera que Jaques tem experiência política e administrativa maior e, sendo do Nordeste, pode sair já com votação expressiva”, disse uma fonte do partido, que pediu para não ser identificada. O ex-presidente, preso há 100 dias em Curitiba condenado por lavagem de dinheiro e corrupção no caso do apartamento tríplex, teria dito a interlocutores que gostaria de repetir a chapa Nordeste-Minas Gerais que o elegeu, colocando como vice Josué Gomes, dono da Coteminas e filho do falecido José Alencar, que foi vice-presidente do petista. No caso de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto, não poder concorrer —o que é o mais provável, já que é condenado em segunda instância e pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa—, a aliança NE-MG se repetiria com Wagner na cabeça de chapa. Na semana passada, Wagner se reuniu com o presidente do PR, Valdemar Costa Neto, para tratar de uma possível aliança —Josué se filiou ao partido em abril. De acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters, a conversa não foi adiante porque o dirigente partidário exigiu do PT, para fechar o acordo, a garantia de que, com a provável impugnação de Lula, Josué e o PR assumissem a cabeça de chapa. “Isso não vai acontecer nunca. O PT jamais vai concordar com isso”, disse uma fonte ligada ao partido. A ideia que tem sido aventada dentro do PT é justamente preparar Wagner, que também foi ministro nos governos petistas, para assumir no lugar de Lula depois da impugnação e manter o equilíbrio Nordeste-Sudeste.

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