Foto: Mateus Pereira / GOV Bahia
Rui Costa 18 de junho de 2018 | 07:10

Rui Costa enfrentará temas espinhosos na campanha, diz jornal

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Elogiado pela gestão fiscal, que fechou o primeiro quadrimestre de 2018 com superávit primário de R$ 663,7 milhões, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), será confrontado durante a campanha à reeleição com números espinhosos de sua administração. De acordo com publicação no Estadão, os altos índices de assassinatos, a terceirização da gestão da saúde para organizações sociais, a ausência de concursos públicos para médicos e de reajuste linear para os servidores deverão aparecer no discurso dos opositores na disputa ao Palácio de Ondina. Principal pré-candidato de oposição, o ex-prefeito de Feira de Santana José Ronaldo (DEM) deve apostar nas críticas ao aumento da violência nos governos petistas. “São números extraordinários negativamente. Não podemos permitir a continuidade desse sofrimento”, afirmou. Já o ex-ministro da Integração Nacional e pré-candidato do MDB, João Santana, deve focar na economia do Estado. Ele critica a atual gestão por não investir em setores como o agronegócio. “Não dá para não mostrar o que deixou de ser feito.” A taxa de desemprego na Bahia, que é administrada pelo PT desde 2007, é de 17,9%, acima da média nacional de 12,9%. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, com 7.110 homicídios em 2016, o Estado tem o maior índice de assassinatos no País, em números absolutos. De acordo com o Atlas da Violência 2018, entre os dez municípios mais violentos do Brasil, quatro estão na Bahia: Eunápolis, Simões Filho, Porto Seguro e Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Na área da Educação, o Estado amarga uma taxa de analfabetismo de 12,7% – seis vezes maior que a de São Paulo. Os educadores estão há três anos sem reajuste salarial. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública questionou a metodologia utilizada pelo Fórum, como falta de padronização no registro de mortes violentas. A pasta discorda de acrescentar na contagem criminosos mortos em confronto com as forças de segurança. “Um policial atacado tem, por lei, o direito e o dever de reagir proporcionalmente”, afirmou a secretaria, em nota.

Estadão
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