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Segundo a ANP, 16 companhias vão participar da disputa marcada para esta quinta-feira 07 de junho de 2018 | 08:00

Leilão do pré-sal tem inscrição recorde

economia

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza nesta quinta-feira, 07, o quarto leilão de áreas de pré-sal, no Rio de Janeiro. A concorrência acontece em meio a uma crise envolvendo a principal agente do mercado no País, a Petrobrás, que já demonstrou interesse de liderar os investimentos em três das quatro áreas que serão oferecidas – Dois Irmãos, na Bacia de Campos, e Três Marias e Uirapuru, na Bacia de Santos. Além dessas, também será licitada a área de Itaimbezinho, na Bacia de Santos. A Petrobrás atuará de forma seletiva nessa concorrência, a primeira sob o comando de Ivan Monteiro, que assumiu a presidência da companhia na última terça-feira. Segundo fonte próxima à diretoria, a ordem é seguir a mesma linha de atuação dos últimos leilões, em que a empresa concentrou suas apostas nos ativos que considera mais promissores e pouco ofertou nos demais, ainda que fossem de pré-sal. Monteiro está acostumado a participar da escolha das áreas pelas quais a empresa vai apresentar seus lances mais agressivos. Ele esteve à frente também da definição de valores e dos parceiros que integraram os consórcios das licitações deste e do último ano. De acordo com as fontes, essas decisões sempre foram tomadas de forma coletiva e nada mudará na nova gestão da empresa. Para o secretário executivo de Exploração e Produção do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Antônio Guimarães, a crise recente gerada pela greve dos caminhoneiros contra a alta do preço do óleo diesel não interfere no apetite das petroleiras, que consideram fatores de longo prazo e não pontuais na hora de decidir o investimento. “Como o Brasil continua com campos de boa qualidade, reformas na legislação já demonstraram efeitos positivos nos leilões passados e como não como nada foi alterado no Risco Brasil de longo prazo, a expectativa é que leilão seja muito bom, como foram os outros”, disse Guimarães, que mantém contato direto com as grandes petroleiras atuantes no País.

Estadão
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