22 de junho de 2018 | 07:40

Ex-diretor da Dersa girou R$ 50 mi em cinco anos, diz relatório

brasil

Um relatório de análise bancária da Polícia Federal revela que o ex-diretor de engenharia da Dersa Pedro da Silva movimentou R$ 50 milhões em cinco anos. Ele foi preso temporariamente – prazo de cinco dias prorrogáveis – nesta quinta-feira, 21, no âmbito da Operação Pedra no Caminho, que mira desvios na construção do Rodoanel Trecho Norte. De acordo com o documento, as contas vinculadas a Silva, incluindo as de suas empresas, fizeram 21,9 mil transações, sendo R$ 50.649.422,79 a débito e R$ 50.646.401,97 a crédito, no período entre fevereiro de 2013 e agosto de 2017. Boa parte ocorreu entre empresas do próprio diretor da Dersa. Ele também recebeu diversos depósitos em espécie de pessoas físicas e de suas próprias pessoas jurídicas. “O próprio Pedro Silva é identificado como a principal origem das transações, sendo R$ 2.221.473,73 em 111 movimentações, como transferências entre contas, resgates de aplicação e depósito”. Ele teria realizado quatro depósitos que totalizaram R$ 829,8 mil. No dia 19/08/2014 depositou R$ 550 mil em conta de uma de suas empresas. Em junho do mesmo ano, depositou R$ 220 mil na conta da mesma empresa. Em sua conta de pessoa física, Silva também guardou R$ 55,8 mil. Chamou atenção da força-tarefa da Lava Jato, pessoas ligadas a Silva podem ter sido utilizadas como laranjas para vantagens indevidas. Uma dessas pessoas é Valdir dos Santos Paula, que fez 22 transações que chegam a R$ 1 milhão. Outra apontada como suposta ‘conta de passagem’ é Jucelene Aparecida Ferreira Dornellas, que fez sete depósitos em espécie, totalizando R$ 223,5 mil, em contas de três empresas do ex-diretor da Dersa. De acordo com as investigações, ela é auxiliar de escritório de uma das empresas de Silva e tem salário entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil.

Estadão
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