Foto: Dida Sampaio / Estadão
Marina Silva 22 de junho de 2018 | 10:15

Encontro com Marina frustra integrantes do Agora!

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O jantar promovido na quarta-feira, 20, pelo apresentador Luciano Huck com a presença da ex-ministra Marina Silva (Rede) e integrantes do movimento Agora! frustrou as expectativas dos ativistas presentes. Segundo relatos de participantes, a ideia era tentar romper o isolamento político da pré-candidata, que até agora não se aproximou de nenhuma legenda. Defendida por setores da Rede, uma eventual aliança com o PPS, que poderia indicar o presidente da legenda Roberto Freire como vice na chapa, foi abordada no encontro, mas Marina teria demonstrado pouca disposição para o diálogo. No domingo, 17, o senador Randolfe Rodrigues (AP) afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que a Rede estaria buscando Freire para ser vice na chapa de Marina. O presidente do PPS, contudo, nega que tenha sido procurado e continua defendendo que o seu partido mantenha o compromisso de apoio ao tucano Geraldo Alckmin. No jantar, Marina elogiou Freire, lembrou que eles estiveram juntos na disputa presidencial de 2014 (o PPS apoiou a candidatura de Eduardo Campos/Marina, do PSB) e que isso tornaria uma aliança entre as siglas algo “natural”. Marina não deu, porém, nenhum indicativo de que iria procurá-lo, ou de que se esforçaria para costurar um acordo. Após o encontro, o apresentador telefonou para Freire, relatou o encontro e estimulou o dirigente a procurar a ex-ministra. A avaliação no PPS, porém, é que a iniciativa de um eventual diálogo teria que partir dela. O partido, que conta com oito deputados federais, está hoje alinhado com Geraldo Alckmin (PSDB) por determinação aprovada no último seu congresso nacional, realizado em março deste ano. A avaliação majoritária do PPS é que a legenda sozinha não tornaria Marina competitiva. A Rede tem apenas cerca de 10 segundos no horário eleitoral gratuito de rádio e TV. Além disso, o partido, que possui somente dois deputados federais, não conta com pré-candidatos competitivos nos Estados, tem uma estrutura partidária precária e poucos recursos do fundo público eleitoral.

Estadão
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