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O vereador Henrique Carbalall (PV) 15 de junho de 2018 | 11:41

Carbalall acusa Uneb de “descaso” em relação à denúncia de racismo sofrido por estudante

salvador

O vereador Henrique Carballal (PV) classificou como “absurda” o que ele chamou de “descaso” da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) em relação à denúncia da estudante do campus da cidade de Seabra, Carla Cleide Lopes Barboza Lino. A aluna do curso de letras acusa a diretora do campus, Iranice Carvalho da Silva, e da coordenadora do curdo de letras, Cristiane Andrade, de prática de preconceito e perseguição. A denúncia de Carla Lino remete ao ano de 2015, quando a ela tentou renovar um estágio remunerado. “A diretora e a coordenadora do curso de letras disseram para minhas colegas que eu não precisava do estágio, porque eu sabia cozinhar, fazer bolo e faxina”, disse a estudante em matéria veiculada pelo jornal A Tarde, em abril deste ano. A alusão de que a aluna de letras sabia fazer serviços domésticos é devido ao fato de ela ter trabalhado na casa de professores da Uneb, entre 2005 e 2013. “Elas tentaram me diminuir como pessoa, como se eu fosse relegada a cumprir este papel e não fosse digna de cursar uma faculdade”, disse a estudante ao jornal. “O mais absurdo disso tudo é que esse fato se passou dentro de uma universidade como a Uneb, onde a defesa das minorias é uma prática corriqueira”, disse Henrique Carbalall, ao salientar que “pelo visto, o combate ao preconceito na Uneb é seletivo”. A Uneb criou uma sindicância que, segundo a estudante, marcou uma primeira oitiva para o dia do aniversário de Seabra, no último da 14 de maio, quando foi feriado na cidade. “Infelizmente, a estudante Carla Lino não é artista, não tem nenhum cargo político, ou seja, a história dela não dá audiência”, criticou Carballal. Através do Facebook, a diretora do campus, Iranice Carvalho da Silva, e da coordenadora do curso de letras, Cristiane Andrade, negaram a existência de preconceito e perseguição no Campus.

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