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16 de junho de 2018 | 11:46

Após oficializar Parente, BRF tem dia de perdas

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A euforia com a confirmação de Pedro Parente na presidência da BRF durou pouco, diante da rápida deterioração do cenário externo. A ação da companhia chegou a abrir o dia em alta, na esteira da mudança no comando da gigante de alimentos, mas ainda pela manhã o humor dos investidores com a empresa virou e a companhia passou a operar em queda. No fim do dia, o papel da BRF fechou com recuo de 3,83%, cotada a R$ 20,20. No acumulado de 2018, a companhia acumula desvalorização de 45,16%. Nos últimos 12 meses, a desvalorização supera a marca de 50%.Segundo relatório da Guide Investimentos, embora a notícia já fosse mais do que esperada, a chegada do executivo, cerca de 15 dias depois de deixar a Petrobrás, é extremamente positiva e deve acelerar o processo de “turnaround” (reestruturação) da companhia, que acumulou prejuízos de mais de R$ 1,5 bilhão em 2016 e 2017 – só no ano passado, as perdas foram de R$ 1,1 bilhão.Do ano passado para cá, BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, se viu envolvida em uma série de reveses: a Operação Carne Fraca a ascensão da marca Seara, da rival JBS, e, mais recentemente, uma pesada taxação chinesa para a carne de frango produzida no Brasil.Do lado da governança, a empresa viu a saída de Abilio Diniz da presidência do conselho – cargo que ele ocupava desde 2013 – para a entrada de Pedro Parente, no fim de abril, ainda antes de o executivo deixar o comando da Petrobrás na esteira da greve dos caminhoneiros, no fim de maio. Com a decisão de Parente de deixar a Petrobrás, ficou aberto o caminho para que ele exercesse o comando executivo da BRF, que estava interinamente nas mãos do executivo Lorival Nogueira Luz.

Estadão
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