Foto: Dida Sampaio / Estadão
Geraldo Alckmin 21 de junho de 2018 | 06:50

Alckmin e Ciro se movimentam para atrair o Centrão nas eleições 2018

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Em busca de adesões, os pré-candidatos do PSDB e do PDT ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, se reuniram a portas fechadas nos últimos dois dias com líderes de partidos que formam o chamado Centrão. Em comum, ambos participaram de encontros com representantes do DEM, que jantaram com Ciro na noite desta terça-feira, 19, e tomaram café com Alckmin na manhã seguinte. O tucano se encontrou também com dirigentes do PTB e do PRB, enquanto o pedetista se reuniu com líderes do PP, Solidariedade e PRB. O café da manhã de Alckmin com dirigentes do DEM ocorreu no apartamento do deputado e ex-ministro da Educação Mendonça Filho (PE), que já chegou a ser cotado para ser vice do tucano. Estavam presentes o presidente nacional da legenda, o prefeito de Salvador ACM Neto, e o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo Garcia (SP). No fim do dia, Alckmin foi ao encontro de Roberto Jefferson, na sede do PTB. Após os encontros com líderes do DEM e PTB, e com o ex-ministro Marcos Pereira, que comanda o PRB, o ex-governador de São Paulo disse estar num processo de “aproximações sucessivas” com o centro político. “Eleição não é vale tudo. Queremos fazer uma aliança em torno de um programa e para governar. Estou conversando com todo mundo”, disse. Horas antes, na noite anterior, entretanto, ACM Neto havia jantado com Ciro Gomes ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de representantes do PP, Solidariedade e PRB. O encontro terminou na madrugada. O Estado apurou que a conversa com Ciro animou mais o DEM, embora haja resistências internas à candidatura do ex-ministro. À tarde, já em Salvador, ACM Neto disse que a plataforma política defendida pelo pedetista “não é incompatível” com a do seu partido. “Não considero a plataforma do Ciro incompatível com a do Democratas”, disse Neto durante evento de inauguração de um abrigo na capital baiana. “Foi uma primeira conversa que nós tivemos, de aproximação, de troca de opiniões a respeito do cenário político. É óbvio que, se fôssemos avançar para um diálogo em torno de uma aliança eleitoral, a questão programática seria central. Não há possibilidade de acordo político-eleitoral sem uma confluência programática”, disse. Nos bastidores, integrantes do DEM admitem não ter gostado da escolha do ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) para ser o coordenador político da campanha de Alckmin. Motivo: Perillo é ferrenho adversário do senador Ronaldo Caiado (GO), pré-candidato do DEM ao governo de Goiás.

Estadão
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