Foto: Antonio Queiros / CMS
Vereadora Aladilce Souza (PCdoB) 22 de junho de 2018 | 08:37

Aladilce diz que há “pouco diálogo” sobre majoritária

salvador

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) disse, ontem, que tem havido “pouco diálogo” entre os integrantes da base do governador Rui Costa (PT) sobre a chapa que vai disputar a eleição deste ano. O partido da comunista pleiteia uma vaga na majoritária governista. “O fato concreto é que há pouco diálogo. É preciso um gesto, uma postura maior de envolvimento de todas as forças e de todos os partidos. Estamos para os momentos desfavoráveis e nós queremos estar também nos momentos favoráveis”, afirmou, em entrevista à Rádio Câmara Salvador. A legisladora disse que as siglas governistas “minoritárias” também precisam ser consideradas na discussão da chapa, já que, segundo ela, “constroem e dão qualidade” ao projeto do governador. A vereadora negou que haja clima de “já ganhou” na base de Rui Costa após o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), desistir de postular o Palácio de Ondina. “Acho que não há [o clima] pela própria atitude do governador. Não houve diminuição do ritmo de trabalho. Ele faz jus ao apelido, ao slogan de Rui Correria pela intensidade de trabalho, de entrega [de obras]. Acho que não tem esse clima de já ganhou”, salientou. Sobre a renúncia ACM Neto, Aladilce avaliou que a decisão do chefe do Palácio Thomé de Souza de não ser candidato aconteceu “tardiamente”. “Eu acho que uma coisa que a gente percebe é uma frustração de muitos políticos da base do prefeito. A gente percebe por algumas reações na Câmara. Houve um arrefecimento dos ânimos”, pontuou. A vereadora também fez uma análise do cenário nacional. Segundo ela, a postulação de Manuela D’Ávila (PCdoB) ao Palácio do Planalto está mantida. Aladilce disse, ainda, que a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência não tem solidez e vai se desmanchar no ar no decorrer da campanha. No entendimento dela, Bolsonaro é resultado do impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Foi isso que o golpe pariu. É uma coisa absurda. Uma figura que não tem projeto nenhum para o país. A única coisa que sabe dizer é que é especialista em matar, porque é militar. É realmente um perigo. Acredito que, no debate, ele vai ser mostrado e nossa expectativa é que o desempenho das pesquisas venha a regredir. Mas, sem dúvida, o processo [eleitoral] é muito complicado”, conjecturou.

Tribuna da Bahia
Comentários