31 de maio de 2018 | 18:10

Reunião entre Trump e Kim pode ocorrer, diz secretário de Estado

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A Coreia do Norte e os Estados Unidos estão “caminhando para acertar a cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano” e as negociações “estão alcançando progressos reais”, afirmou nesta quinta-feira, 31, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Ele também afirmou que nesta sexta-feira, 1º, um emissário do líder da norte-coreano vai viajar a Washington “para entregar uma carta pessoal de Kim Jong-un para Trump”. Pompeo se reuniu com Kim Jong-chul, ex-chefe da Inteligência norte-coreana e principal negociador de armas nucleares do país, em Nova York. Segundo Pompeo, os dois discutiram os próximos passos para o tão esperado encontro entre o presidente americano Donald Trump e Kim Jong-un, em Cingapura. Na semana passada, Trump suspendeu as negociações e disse que desistiria do encontro por causa da postura belicosa e do discurso agressivo dos norte-coreanos. Pyongyang afirmou que ainda queria realizar a cúpula e enviou Jong-chul para os EUA. Depois de duas horas e meia de conversas, Pompeo afirmou que a Coréia do Norte “está contemplando mudanças estratégicas” e que as negociações para preparar uma cúpula sobre a desnuclearização estão progredindo. A reunião entre Pompeo e Kim Yong-chol terminou inesperadamente cedo. Mas Ambrose Sayles, porta-voz do Departamento de Estado, chamou o fim antecipado de “resultado da tentativa de ambas as partes fazerem progresso”. “Tivemos conversas substanciais com a equipe da #NorthKorea”, escreveu Pompeo em sua conta no Twitter depois que as negociações foram concluídas. “Nós discutimos nossas prioridades para o potencial encontro entre nossos líderes”. “A Coréia do Norte e o mundo se beneficiariam muito com a desnuclearização da península coreana”, complementou Pompeo em outro post no Twitter. A próxima reunião, marcada para sexta-feira, 1º, entre o presidente americano e a delegação norte-coreana foi uma surpresa para alguns membros da equipe de Trump, e ele ofereceu poucos detalhes quando a anunciou. Nesta quinta-feira, 31, Trump afirmou a repórteres na Casa Branca que não está claro para ele se a demonstração de boa vontade norte-coreana será suficiente para fechar um acordo sobre a realização da cúpula em Cingapura, marcada para 12 de junho. Mas o presidente disse que as negociações entre Washington e Pyongyang estão “em boas mãos”. Seria uma visita rara, semelhante a uma feita em 2000 a Washington pelo vice-marechal Jo Myong-rok, então o segundo oficial mais poderoso da Coreia do Norte. Ele se encontrou com o presidente Bill Clinton e entregou uma carta do líder da Coreia do Norte na época, Kim Jong-il, acenando para um diálogo – que mais tarde se mostrou um fracasso.

Estadão Conteúdo
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