Foto: Divulgação/Arquivo
Eduardo Azeredo pode ser preso na próxima semana 18 de abril de 2018 | 08:31

‘Que Deus ilumine os desembargadores’, diz ex-presidente do PSDB

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O ex-governador de Minas e ex-presidente nacional do PSDB Eduardo Azeredo poderá ser preso na próxima semana, após finalizados os recursos à condenação em segunda instância no chamado mensalão mineiro. Os embargos infringentes, última apelação antes da execução penal após a sentença da 9.ª Câmara Criminal de Belo Horizonte, serão analisados no dia 24. Azeredo poderá ser o primeiro preso da versão tucana do mensalão.“Eu espero que Deus ilumine os desembargadores”, afirmou ao Estado o ex-governador, que insiste na tese de que seu processo e condenação são uma forma de compensação pela sentença de petistas no caso do mensalão e, mais recentemente, pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato.“Os fatos agora mostram isso. Você vê que continua desse jeito. Você tem que achar alguém para poder compensar”, disse o tucano. “Não pode ser outra coisa do que uma tentativa de compensação. Os petistas mesmo, vira e mexe, falam isso: ‘E o Eduardo Azeredo? E o Eduardo Azeredo?’”O ex-governador foi condenado em segunda instância a 20 anos e 10 meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro em 23 de agosto de 2017. Em 21 de novembro, durante julgamento de embargos declaratórios, que foram negados, a pena foi reduzida para 20 anos e 1 mês. A sentença prevê o início do cumprimento da pena quando esgotados todos os recursos na Justiça de Minas. O julgamento dos embargos infringentes levam em conta diferenças nos votos apresentados pelos desembargadores.O mensalão mineiro, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República, é como ficou conhecido o esquema de repasse de recursos de estatais mineiras para a campanha pela reeleição de Azeredo ao Palácio da Liberdade, em 1998. O tucano foi derrotado por Itamar Franco, que morreu em 2011.Conforme a denúncia, o desvio, que utilizou agências de publicidade de Marcos Valério Fernandes de Souza, chegou a R$ 3,5 milhões (em valores da época). Entre as empresas que teriam repassado recursos à campanha estão a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o extinto Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge).

Estadão
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