Foto: Divulgação/MDB
Lúcio Vieira Lima diz que explicações de Neto sepultam teorias sobre sua decisão de não concorrer ao governo 11 de abril de 2018 | 18:51

Neto disse a Lúcio que nunca desejou vê-lo fora do MDB, revela cacique emedebista

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Apontado como um dos pivôs da decisão do prefeito ACM Neto (DEM) de não concorrer ao governo, devido à sua resistência em deixar o MDB, exigência que o democrata teria feito para poder coligar com a sigla e concorrer em condições de igualdade com o governador Rui Costa (PT), o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) disse hoje a este Política Livre que jamais conversou com o aliado sobre qualquer assunto relacionado ao tema.

Nem na quarta-feira passada, quando se encontraram no Palácio Thomé de Souza, dois dias antes de Neto anunciar que não concorreria ao governo, provocando um grande impacto na sucessão estadual. “ACM Neto nunca conversou comigo sobre minha saída do MDB. Definitivamente, o que eu ouvi da boca do prefeito ACM Neto é que ele nunca pensou, falou nem deu procuração para ninguém buscar minha saída do MDB”, afirmou o emedebista.

Segundo Lúcio, no encontro, eles trataram de tudo, da eventual candidatura à reeleição do presidente Michel Temer, da de seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à Presidência, e até da sua própria à Câmara dos Deputados, num clima descrito pelo deputado como “tranquilo, entre duas pessoas amigas e que se dão bem”, tudo muito diferente do boato que circulou em seguida de que a conversa entre eles teria sido péssima e deixado Neto inseguro.

O deputado disse que o encontro foi uma espécie de reprise do que havia ocorrido 15 dias antes, onde, de acordo com ele, o tema de sua saída do MDB também sequer foi abordado. “Até porque tudo o que o prefeito não é é uma pessoa deselegante. E, como ele (Neto) disse, uma coisa dessa ninguém pede. Pedir ao outro para sair da casa da pessoa? Me chamam para ir para casa, não para sair de casa”, declarou, traindo a ironia.

Por este motivo, Lúcio diz que não tem queixa do prefeito. “Ele (Neto) sempre muito elegante e cortês, discutiu, inclusive, a possibilidade de não ser candidato (ao governo). Para o parlamentar, é hora de acabar com “esse tititi, esse mimimi, essa fofocada” de que tanto a sua presença no MDB quanto a posição do PR – que acabou sendo obrigado a recuar no apoio à candidatura do prefeito e voltar ao governo – teriam influído na decisão de ACM Neto.

“O prefeito declarou de público que o motivo para ele não ter saído candidato foi seu amor por Salvador, foi continuar o trabalho que faz por Salvador, que ele abriu mão de um sonho legitimo de ser governador para continuar à frente da Prefeitura. Com a fala do prefeito, está encerrado o assunto, até porque decisão pessoal não se discute, se respeita”, declarou, afirmando que tudo não passa de “tentativa de intrigar pessoas que convivem bem”.

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