Foto: Fábio Motta/Estadão
Apreensão com prisão de Lula eleva retorno de títulos do Tesouro Direto 06 de abril de 2018 | 17:38

Apreensão com prisão de Lula eleva retorno de títulos do Tesouro Direto

economia

A apreensão do mercado quanto à iminência da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliada ao mau humor no cenário internacional – diante de um novo capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China –, derrubou os preços e elevou a rentabilidade dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto em relação às taxas de retorno ofertadas nesta quinta-feira. Com isso, especialistas explicam que trata-se de uma boa hora para comprar esses investimentos – e, por outro lado, um dia ruim para resgatá-los. Títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do País. Há diferentes tipos de título: os prefixados, os atrelados à inflação e os atrelados à taxa Selic. Ao comprar um título público, é como se o investidor estivesse emprestando dinheiro ao governo – e recebendo juros por isso. Com a tensão dos mercados, porém, esses juros aumentaram nesta sexta-feira. Entre os títulos prefixados – nos quais o investidor já sabe de antemão quanto irá receber de juros –, o Tesouro Prefixado 2029, com juros semestrais, era negociado na tarde desta sexta-feira a 9,81% ao ano, ante 9,57% na quinta-feira. Já o Tesouro Prefixado 2025 exibia retorno de 9,55%, ante 9,35% na véspera. Já o papel com vencimento em 2021 apresentava rentabilidade de 8,02%, levemente acima da taxa de 8% exibida na quinta-feira. Entre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2024 oferecia taxa retorno de 4,51% ao ano, ante 4,46% na quinta-feira. O Tesouro IPCA+ 2026, com juros semestrais, exibia juros de de 4,67%, acima dos 4,58% da véspera. Já o Tesouro IPCA+ 2035, com juros semestrais, era negociado a 5,11%, ante taxa de 5,04% na quinta-feira. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
Comentários