18 de abril de 2018 | 17:58

Alckmin: Aécio não tem nenhuma condenação; Lula tem duas condenações

brasil

Após defender pela manhã que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não seja candidato nas eleições de outubro, o ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, evitou na tarde desta quarta-feira, 18, fazer uma defesa mais enfática à saída do mineiro do quadro eleitoral. Em entrevista coletiva após evento com investidores promovido pelo Banco Santander, na capital paulista, Alckmin procurou dissociar a imagem de Aécio da imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. “Ele Aécio tomou a iniciativa de se afastar da direção partidária e vai se dedicar à sua defesa”, disse o ex-governador que preside o PSDB. “O Aécio não tem nenhuma condenação. O Lula tem duas condenações e é o imperador do PT. Nós somos bem diferentes”, declarou o tucano. Alckmin respondeu, no entanto, que não retirava sua declaração dada mais cedo à Rádio Bandeirantes, quando falou ser ideal que Aécio não seja candidato. Como mostrou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a declaração de Alckmin havia causado desconforto entre aliados de Aécio no PSDB e ameaçava criar uma crise no partido. Para Alckmin, Aécio tomou a “medida correta” ao se afastar da presidência do partido e agora deve “refletir” sobre seu futuro político. Ele voltou a dizer que a “a lei é para todos” e que toda decisão judicial deve ser respeitada, fazendo questão mais uma vez de se diferenciar do PT. “Partido político é uma estrutura grande. O que nos difere do PT é que o PT desacredita das instituições e quer estabelecer o descrédito das instituições, especialmente do Judiciário.”

Estadão
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