Foto: Estadão
O presidente dos EUA, Donald Trump 24 de março de 2018 | 12:45

Trump assina memorando que restringe presença de pessoas trans no exército

mundo

O presidente americano Donald Trump assinou nesta sexta-feira, 23, um memorando que restringe a admissão de pessoas transgênero no exército do país. Apesar de a medida ser menos restritiva à proibição anunciada no ano passado e fazer uma exceção a “determinadas circunstâncias”, na prática, a decisão pode banir a entrada de indivíduos trans nas Forças Armadas. Segundo a Casa Branca, pessoas com “disforia de gênero” serão excluídas do serviço militar. Essa definição se aplica a todos que “podem precisar de tratamento médico substancial, envolvendo medicamentos ou cirurgia”, como os remédios e procedimentos utilizados para mudança de sexo. O memorando também permite que o Pentágono “exerça sua autoridade para implementar qualquer política apropriada no que diz respeito ao serviço militar de pessoas transgênero”. A medida foi questionada pelos democratas e por grupos civis. A líder da minoria na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, rechaçou o memorando pelas redes sociais. “Ninguém que tem a força e a coragem de servir o exército dos EUA deve ser rejeitado por ser quem é”, escreveu. “Essa proibição odiosa é feita para humilhar nossos corajosos militares transgêneros que servem com honra e dignidade”. A Human Rights Campaing, a maior organização civil em prol dos direitos LGBT nos Estados Unidos, acusou o governo Trump de incentivar “preconceito contra pessoas trans dentro do exército”. “Não tem outra forma de encarar. O governo Trump-Pence está empenhado com uma proibição discriminatória, inconstitucional e desprezível contra militares transgêneros”, informou a organização por meio de nota. Em um comunicado, a Casa Branca disse que “a nova política permitirá às Forças Armadas estabelecer padrões de condições físicas e mentais por igual a todos os indivíduos que querem se alistar e lutar”. Segundo a Casa Branca, tanto o Secretário de Defesa Jim Mattis e a Secretária de Segurança Interna Kirstjen Nielsen concordaram com a nova medida.

Estadão Conteúdo
Comentários