18 de março de 2018 | 22:32

PSOL entra com representação contra desembargadora que acusou Marielle

brasil

O PSOL entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com representação contra a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Na última sexta-feira (16), a magistrada acusou a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada na última quarta-feira (14), de estar “engajada com bandidos”, ter sido “eleita pelo Comando Vermelho” e ter descumprido “‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores”. O partido e familiares da parlamentar repudiam as acusações. A reportagem procurou a desembargadora, que não retornou o contato. “Representamos contra a desembargadora no CNJ e esperamos que o Judiciário mostre que essa mulher é uma exceção nesse Poder, para o bem da democracia”, afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Neste domingo, ele participou de ato em homenagem à vereadora no complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio onde Marielle viveu. Na sexta-feira, a desembargadora escreveu que “a questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho (facção criminosa carioca) e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava. Até nós sabemos disso”. O texto continua: “A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora, mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

Estadão Conteúdo
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