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Ministro diz que pediu reunião para evitar que 'a presidente sofresse uma cobrança inédita na história do Supremo' 20 de março de 2018 | 16:40

Celso de Mello diz que Cármen Lúcia não convidou ministros para debater prisão após 2ª instância

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Em meio ao impasse no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de reexame da prisão em segunda instância, o ministro Celso de Mello afirmou na tarde desta terça-feira, 20, que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, havia se comprometido a convidar os ministros para um encontro informal com o objetivo de debater o tema. Segundo ele, no entanto, os convites para o encontro não foram feitos. Celso de Mello admitiu ter sugerido um “encontro informal” para evitar o constrangimento que uma questão de ordem apresentada por algum ministro no plenário poderia gerar. O ministro disse que apresentou a ideia à ministra, na quarta-feira passada, em uma conversa conjunta com Cármen e com o ministro Luiz Fux. “Quem deveria fazer o convite é a presidente. Ficou combinado que ela, que aceitou a sugestão desse encontro informal, faria esse convite ontem. Ontem e hoje não houve esse convite”, disse Celso de Mello. Segundo Mello, o objetivo de uma reunião informal era impedir que houvesse alguma “cobrança pública” no próprio plenário do Supremo pelos ministros. “Foi para evitar que a presidente sofresse uma cobrança inédita na história do Supremo, que eu ponderei aos colegas que seria importante uma discussão interna, simplesmente para troca de ideias e nada mais”, disse A assessoria de Cármen Lúcia não respondeu sobre se a presidente se comprometeu a fazer convites que não foram enviados. Segundo a assessoria, o ministro Celso de Mello perguntou se a presidente do Supremo aceitaria participar da reunião e ela respondeu que “teria todo o gosto em recebê-los”. A ministra esteve no CNJ de manhã e neste momento despacha no Supremo. Leia mais no Estadão.

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