Foto: Divulgação/Arquivo
Deputado Targino Machado é acusado por colegas de usar discurso e vídeo para "jogar para platéia" 28 de março de 2018 | 15:46

Autor de vídeo contra Assembleia não debate nem vai a comissões desde 2017; em nota, ele se justifica

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O discurso em que o deputado estadual Targino Machado (PDT) atacou a Assembleia Legislativa, distribuído por ele em forma de vídeo, deixou seus colegas revoltados com o parlamentar. Viram na iniciativa uma forma egoísta e anti-ética de tentar se auto-promover utilizando-se da péssima imagem de que a classe política desfruta hoje na população sem levar em conta qualquer cuidado com a instituição. Além disso, argumentam que a fala baseia-se em falácias, já que o parlamentar não enfrenta os grandes debates no Legislativo e desde o ano passado não comparece às comissões temáticas da Casa, foro de análise e definição de projetos que vão a plenário. Um deputado petista disse a este Política Livre que é exatamente por este tipo de postura que Targino já foi processado pelo ex-governador Jaques Wagner (PT), o atual, Rui Costa (PT), e o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa. “Quem semeia ventos a tendência é colher tempestade”, declara o parlamentar, afirmando ser este o motivo de Targino viver de forma isolada no Poder tanto em relação à bancada de situação quanto de oposição. “Quem vive jogando para a platéia, acaba só”, completa.
Em resposta à publicação, o deputado estadual Targino Machado enviou a este Política Livre uma nota de esclarecimento ontem (quarta-feira), que reproduzimos a seguir na íntegra:
“Como vice líder das oposições, desde 2017 que não faço parte de nenhuma comissão temática, motivo pelo qual não compareço a elas sistematicamente, só comparecendo as reuniões das comissões quando é um assunto que me interessa muito. Lamento que a fonte do Política Livre tenha lhe induzido, caro Raul Monteiro, a uma barrigada. Faço esse esclarecimento solicitando, para fins de defesa de direito, a justa e equalitária reparação. Quanto às ações judiciais, que os deputados ressentidos adotem os remédios jurídicos cabíveis, bem assim, se houve quebra de decoro, representem à comissão de Ética da Casa.”

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