22 de fevereiro de 2018 | 13:44

Fatos envolvendo PSDB ‘já estão sendo revelados há muito tempo’, diz procurador

brasil

O procurador regional da República, Carlos Fernando dos Santos Lima, reiterou nesta quinta-feira, 22, que a Operação Lava Jato ‘não tem nenhum cunho partidário sequer cunho político’. Segundo o investigador, fatos envolvendo o PSDB ‘já estão sendo revelados há muito tempo’. “Nossa questão é investigar corrupção. Os fatos envolvendo partidos, como o PSDB, já estão sendo revelados há muito tempo. Muitos deles não estão sob a nossa esfera de atribuição, não são da competência do Dr. Sérgio Moro e sofrem do problema crônica da Justiça criminal, em foro privilegiado”, afirmou. “Entretanto, evidentemente, se nós temos uma investigação nossa envolvendo qualquer partido, não somente este, nós vamos fazer as investigações como sempre fizemos. Não creio que haja nenhuma diferença de tratamento em relação a qualquer partido. Nós vamos investigar profundamente as relações do pedágio com o poder público paranaense, em um primeiro momento, federal também. Se chegarmos a pessoa do partido, do PSDB ou qualquer partido, vamos analisar igualmente.” Carlos Fernando dos Santos Lima falou em entrevista sobre a Operação Integração, 48.ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira, 22. A investigação mira no pagamento de propina da concessionária Econorte, do grupo Triunfo, a agentes públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do DER, do Paraná, e da Casa Civil do Governo Beto Richa (PSDB). A empresa teria usado os operadores financeiros Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran para fazer os repasses. O juiz federal Sérgio Moro mandou prender o diretor-geral do DER, do Paraná, Nelson Leal Júnior, o agente do DER-PR, Oscar Alberto da Silva Gayer, o atual diretor-presidente da Econorte, Helio Ogama, o dirigente da empresa Rio Tibagi, Leonardo Guerra, o diretor financeiro da Triunfo Participações, Sandro Antônio de Lima, e do empresário Wellington de Melo Volpato. Todos foram capturados pela Polícia Federal.

Estadão
Comentários