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Empreendimento da Bancoop, condomínio no Guarujá (SP) foi assumido pela OAS depois da falência da cooperativa ligada ao PT 21 de janeiro de 2018 | 08:30

Triplex foi alvo da Promotoria e do Ministério Público Federal

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Antes de entrar no radar da Lava Jato, o condomínio Solaris, no Guarujá (SP), já era investigado pelo Ministério Público de São Paulo. Em 2010, a Promotoria abriu um inquérito para apurar suspeitas de desvios envolvendo a Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), entidade ligada ao PT. A investigação, que resultou em uma denúncia criminal, se estendeu a alguns de seus empreendimentos, entre eles o condomínio no Guarujá. O Solaris foi construído pela Bancoop, mas, em 2009, com a falência da cooperativa, foi assumido pela construtora OAS, que concluiu a obra. A ligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Solaris vem de 2005, quando a então primeira-dama Marisa Letícia adquiriu a opção de compra de uma unidade do condomínio. Para a Promotoria e para o Ministério Público Federal, a OAS, envolvida no esquema de corrupção na Petrobrás, em troca de favorecimento em contratos da estatal, repassou propina a Lula por meio de um apartamento – o triplex 164-A. O ex-presidente nega ser o proprietário do apartamento e diz ter desistido do negócio após visitar o imóvel pronto, em 2014. Em março de 2016, a denúncia da Promotoria paulista contra Lula no caso do triplex foi enviada ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância. Em setembro daquele ano, o MPF acusou formalmente o ex-presidente – classificado como “comandante máximo do esquema de corrupção”. Uma semana após o oferecimento da denúncia, Lula virou réu. O triplex resultou na primeira condenação do petista na Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em julho do ano passado, Moro o sentenciou a 9 anos e 6 meses de prisão pelo recebimento de R$ 2,2 milhões em propina da OAS por meio do imóvel.

Estadão
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