Foto: Fábio Motta/Estadão
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral 18 de janeiro de 2018 | 17:50

Sérgio Cabral deixa presídio no Rio e segue para Curitba

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O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), condenado a 87 anos de reclusão, deixou a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, por volta das 18h30 desta quinta-feira, 18. O emedebista será transferido para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. As regalias de Sérgio Cabral provocaram sua remoção para o Paraná. Nesta quinta-feira, 18, o juiz Sérgio Moro ordenou a transferência para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais. A juíza Caroline Vieira Figueiredo, da 7.ª Vara Federal, do Rio, também determinou a remoção do ex-governador e assinalou que ‘os presos do colarinho branco não podem, de forma nenhuma, ter tratamento mais benéfico que outros custodiados’. Relatório do Ministério Público do Rio apontou luxos e muitas regalias na cadeia de Benfica, onde Cabral estava preso. A 11.ª Promotoria de Investigação Penal fiscalizou a prisão em 24 de novembro do ano passado. O alvo dos promotores era a Galeria C – composta de 9 celas, identificadas como ‘C1’ a ‘C9’ – destinada a presos provisórios e onde estão alvos da Lava Jato, no Rio. Após denúncia anônima, a Promotoria apurou o ingresso clandestino de ‘alimentação provinda de conhecidos restaurantes’. Durante a fiscalização, a Promotoria apreendeu todos os alimentos que ‘não estavam acondicionados em sacos plásticos ou embalagens plásticas transparentes’. “Em todas as celas da galeria ‘C’ se pôde perceber a existência das “galerias artesanais”, contendo comidas semiprontas, embaladas da mesma forma, com cardápio similar, indiciando uma espécie de distribuição em lote para os presos daquela galeria”, indicou o relatório. O relatório identificou que o ‘padrão’ da galeria C não foi encontrado nas galerias ‘A’ e ‘B’. “Todas as celas da galeria “C” são guarnecidas com purificadores de água de mesmo padrão, aparentando fornecimento único. As celas das galerias “A” e “B”, também destinadas a presos com direito à prisão especial, não contam com o mesmo equipamento, em sua grande maioria. Os presos da galeria “C” utilizam colchões de padrão diferente dos habitualmente disponibilizados aos demais detentos – comuns ou especiais – pela Seap”, afirmou a Promotoria.

Estadão Conteúdo
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