08 de janeiro de 2018 | 18:02

Praia de Patamares foi considerada imprópria durante 90% do ano

O mau cheiro na praia de Patamares pode até ter começado nas últimas semanas, mas a situação do mar nas proximidades da foz do Rio Jaguaribe já não é boa há algum tempo. Um levantamento feito pelo CORREIO mostrou que, durante 90% do último ano, a praia foi considerada imprópria pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Das 53 semanas entre a primeira de 2017 e a primeira de 2018, Patamares foi notificada como imprópria 48 vezes pelo órgão – ou seja, durante 90,5% do ano. De acordo com o diretor de águas do Inema, Eduardo Topázio, a situação em Patamares é um problema crescente e que vem sendo refletido em anos anteriores. “Essa bacia (do Jaguaribe) tem sofrido com a grande pressão de crescimento na cidade, com grande contribuição da falta de esgotamento sanitário. As pessoas invadem áreas que não têm como fazer rede de esgoto. É uma questão de natureza social e econômica, não é porque o pessoal é ‘malvadinho’. É porque eles não têm alternativa”, explicou, em entrevista ao CORREIO nesta segunda-feira (8). A situação na praia de Patamares chamou atenção de frequentadores desde a semana passada – na sexta-feira (6), a rede coletora de esgoto da região parou de funcionar. O esgoto estava sendo lançado no Rio Jaguaribe e, consequentemente, na praia onde fica a foz do rio – a da Terceira Ponte. Na semana passada, a Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) recomendou que banhistas evitem o mar da área por pelo menos cinco dias. A previsão é que a manutenção seja concluída até quarta-feira (10).

Correio*
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