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O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL) 19 de janeiro de 2018 | 19:40

Líder do PP escancara rebelião na base após mudanças na Caixa

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O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), reagiu à aprovação do novo estatuto da Caixa Econômica Federal, que limita as indicações políticas para a diretoria do banco. Em conversa com o Blog do Camarotti, do site G1, Lira atacou o movimento da equipe econômica e disse que, na avaliação dele, a medida vai inviabilizar a aprovação da reforma da Previdência. “Quem quer aprovar a reforma da Previdência não faz uma coisa dessas”, observou. Para Lira, o novo estatuto “mostra a vontade do Ministério da Fazenda e do Banco Central para tomar o comando da Caixa. Eles querem é demonizar a política. Qual o país do mundo vive sem política?”, questionou o deputado. “E esse Conselho de Administração é indicado por quem? É indicado pelo Ministério da Fazenda, pela equipe econômica”, reagiu. “Querem fazer da Caixa uma nova Petrobras. O problema é que a Caixa não se defende. E para tirar alguém, a imagem será denegrida. Isso não vou aceitar”, disse. Segundo o blog, ele também criticou o argumento de que é preciso uma gestão técnica no banco. “Não venha de novo com essa de escolha técnica”. Em seguida, ironizou a situação política do presidente Michel Temer, que segundo ele, saiu enfraquecido desse episódio. “Quem tem que estar aperreado é o presidente Temer, que está sendo esvaziado, pois tiraram atribuição que era dele. […] Daqui a pouco Temer não indica mais ninguém”. As declarações de Lira explicitam uma rebelião na base aliada com a definição de uma mudança ampla na composição da Caixa. Para Lira, a estratégia da equipe econômica é atingir a imagem do banco estatal e com isso fazer a mudança completa na instituição. Lira atacou diretamente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “E o Meirelles? Está na Fazenda porque fez concurso? Ele foi uma indicação política. A única coisa que ele fez foi disputar um mandato de deputado federal por Goiás, comprando voto numa cidade do Tocantins”, disparou o líder do PP. Líder de uma das maiores bancadas da base do governo, com 46 deputados em exercício, Lira também demonstrou contrariedade com o movimento mais amplo de mudar o comando da Caixa, inclusive o presidente do banco, Gilberto Occhi, indicado pelo PP. “O que têm contra o Occhi para tirar o Occhi do comando da Caixa?”, reagiu. “Há movimentação de subterrâneo para depois colocar quem eles quiserem”.

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