19 de janeiro de 2018 | 10:10

João Leão: “Lula é o melhor candidato a presidente”

bahia

Diferentemente do que defende seu filho – o deputado federal Cacá Leão (PP) –, o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), afirmou, ontem, que o melhor nome para ser candidato a chefe do Palácio do Planalto é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Dos nomes ventilados, o melhor é Lula. E, se ficarmos juntos com Lula, Cacá fica junto também. Se for Wagner, Rui Costa… lógico que Cacá fica também”, afirmou o vice-governador. No início deste mês, Cacá Leão disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), seria o que tinha “mais condições de unificar o país”. “Já mostrou que tem habilidade e está credenciado para isso”, ressaltou. A declaração de João Leão, que vai de encontro à do herdeiro, coaduna-se com a dos aliados, o governador Rui Costa (PT) e do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (PT), Jaques Wagner.O chefe do Palácio de Ondina afirmou que respeitava a opinião de Cacá Leão, mas discordava. “Eu acho que a nossa frente de partidos aqui é grande. Não sabemos se conseguiremos unificar um candidato a presidente. Posso adiantar que [Rodrigo Maia] não é e não será meu candidato, mas respeito a opinião de todos, e não vejo problema”, disse. Na mesma linha, Wagner salientou: “a opinião de Cacá é evidente que discordo, mas é a opinião dele e ele tem liberdade para ter a opinião”. João Leão também “descartou totalmente”, ontem, a possibilidade de que assumir um ministério no governo do presidente Michel Temer (MDB). “Não tenho nenhum interesse em ser ministro”, frisou.O vice-governador foi especulado para ocupar o Ministério da Saúde em lugar de Ricardo Barros, que deixará o posto em abril para ser candidato a deputado federal na eleição deste ano. Em troca, o partido de Leão, o PP, apoiaria o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), ao governo da Bahia. O vice do Palácio de Ondina evitou comentar a disputa pelas vagas na chapa majoritária de Rui Costa. Nos corredores da política, comenta-se que ele pode entrar na corrida pelo Senado no pleito deste ano. “Eu não vou entrar nessa divisão de jogo. Eu só quero tratar dessas coisas no prazo máximo de resolver. Quando chegar o momento os partidos vão se reunir e definir”, pontuou.

Tribuna da Bahia
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