07 de janeiro de 2018 | 11:00

Formação de brasileiro nos EUA vale menos que a de argentino

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Um ano a mais de formação de um brasileiro que vai viver nos Estados Unidos se reflete em um aumento de renda de 6,2% – um resultado mais tímido que o de imigrantes de países como Guiana, Bulgária e Filipinas, aponta levantamento de 2012, feito a partir de dados do Censo norte-americano de 2000 por um pesquisador da Universidade de Notre Dame. O estudo, que mostra o quanto a formação brasileira ainda é desvalorizada no mercado de trabalho internacional, foi discutido com entusiasmo por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). Quando são considerados os 108 países com um número de pessoas entrevistadas por nacionalidade maior que 100, o Brasil aparece na metade do ranking, ocupando a 54.ª posição. Os primeiros lugares são ocupados por suíços, japoneses e suecos, cujos aumentos de renda por tempo de estudo variam de 11,4% a 12,6%. Para Samuel Pessôa, economista-chefe da gestora Reliance e pesquisador associado do Ibre/FGV, existe uma correlação entre as diferentes formas de remunerar o mesmo nível de escolaridade e o desempenho dos países no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “O que esse estudo mostra é que dois imigrantes de diferentes países, que tiveram sua educação formal em seus respectivos países, têm remuneração variável pela educação.”

Estadão Conteudo
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