Foto: Sylvio Sirangelo/TRF-4
João Pedro Gebran Neto 24 de janeiro de 2018 | 14:23

Desembargador reage a críticas sobre tramitação de julgamento de Lula

brasil

Depois de declarar o voto no qual aumentou a pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 9 anos e seis meses para 12 anos e um mês de prisão, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo de apelação de Lula no Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) fez um desabafo em relação às críticas que a tramitação do julgamento sofreu tanto por parte de aliados do petista quanto de setores da opinião pública. Segundo Gebran, ao contrário do que dizem os aliados de Lula, não é o processo penal ou a Lava Jato que prejudicam a democracia, é a corrupção. “O que atinge a democracia não é o processo penal, é o uso dos recursos ilícitos que atinge como ferramente de subversão do processo democrático e de fragilização da participação eleitoral pois contaminado por candidatos e agremiações financiados com dinheiro de corrupção”, afirmou. De acordo com ele, as revelações feitas pela Lava Jato chegam a colocar em dúvida qual o sentido do modelo democrático brasileiro. “No banco dos réus está um ex-presidente da República que por dois mandatos comandou o Brasil . Isso torna a tarefa do julgador mais sensível. Mas perturbador do que isso é constatar a fragilidade do processo eleitoral. Recursos públicos foram desviados em favor de partidos políticos e pessoas, comprometendo o equilíbrio do processo sucessório e fazendo nos questionar qual é o real sentido da democracia representativa que temos”, afirmou. Leia mais no Estadão.

Estadão
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