04 de dezembro de 2017 | 18:40

Workshop debate estratégias de atendimento às mulheres em situação de violência

salvador

A Prefeitura, através da Secretaria de Política para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), promoveu, nesta segunda-feira (04), um workshop para debater estratégias de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. O encontro, realizado para cerca de 100 pessoas, no Hotel Fiesta, foi direcionado aos profissionais atuantes na rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e egressas do tráfico de pessoas. A titular da SPMJ, Taíssa Gama, enfatizou a importância deste debate. “Os números de violência contra as mulheres não estão crescendo, e sim, aparecendo. Diante de atividades como esta, mulheres estão se encorajando a denunciar. Temos o Centro de Referência de Atenção à Mulher Loreta Valadares, que oferece acompanhamento interdisciplinar: psicológico, social e jurídico, além do pedagógico dispensado às crianças que acompanham suas mães em atendimento”, lembrou.Com o tema “Rede de Atenção às mulheres em situação de violência na cidade de Salvador”, Sara Gama, promotora de Justiça da 1ª Promotoria de Violência Doméstica da Bahia, disse que o grande ganho que se teve nesses últimos 11 anos, desde que passou a vigorar a Lei Maria da Penha, foi justamente a chance dessas mulheres acionarem o poder público e denunciar que estão sendo vítimas de violência. “A lei não foi feita para as mulheres vítimas. Precisamos desconstruir isso e ter em mente que ela foi feita para a sociedade, como prevenção do crime”, observou.O workshop foi composto por uma palestra magna feita pela promotora de justiça Márcia Teixeira, que discursou sobre o fortalecimento da rede de atenção às mulheres em situação de violência doméstica, debatendo o atendimento ideal às vítimas. “O ideal é que nós tenhamos um fluxo de encaminhamento dessas mulheres, já que cada caso é um caso. É necessário fazer um estudo da mulher que foi atendida, saber por quem ela foi atendida e para quais serviços ela pode recorrer”, pontuou.

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