10 de dezembro de 2017 | 21:10

Temer diz que reforma ‘vai muito bem’ e base cobra posição do PSDB

brasil

O presidente Michel Temer mostrou-se cautelosamente otimista com a aprovação da reforma da Previdência na Câmara em viagem à Argentina, onde participa de reunião da Organização Mundial do Comércio. “Reforma da Previdência vai muito bem”, disse. “Falei com presidente do PP, PSB e PRB e todos estão entusiasmados com eventual fechamento de questão”. Temer afirmou supor que “seja possível” aprovar a mudança nas regras para aposentadoria, mas ressaltou que, se a proposta não passar, o assunto “não vai parar” de ser discutido. “Vi uma placa dizendo ‘Temer quer que você trabalhe até morrer'”, disse. “Isso é mentiroso”. No Brasil, aliados do presidente estão cobrando apoio inequívoco do PSDB à proposta do governo. Após discursos de dirigentes tucanos defendendo a reforma, líderes governistas cobraram que a bancada do PSDB na Câmara obrigue seus deputados a votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). As declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do pré-candidato à Presidência da República, o governador paulista Geraldo Alckmin, foram vistos como fator propulsor de votos, mas não o suficiente para garantir que toda a bancada siga a proposta, que faz parte do conteúdo programático do partido. “Foram corretíssimos tanto em reafirmar a questão programática e mostrar compromisso em relação à reforma. É importante que isso se materialize em fechamento de questão”, disse o líder da Maioria na Câmara, Lelo Coimbra (PMDB-ES). O peemedebista argumentou que PMDB e PSDB estão unidos em prol da reforma por razões distintas: o primeiro por ser governo e o segundo por ter a proposta explícita na carta de formação do partido. “Esses partidos não têm como fugir da reforma”. Durante a convenção que elegeu a nova cúpula do PSDB nacional, Alckmin disse concordar com o fechamento de questão. “Eu, pessoalmente, sou favorável. Fiz a reforma da Previdência em São Paulo em 2011. Minha posição pessoal é pelo fechamento de questão. Mas, além do apoio da Executiva Nacional do partido, é preciso do apoio da bancada”, afirmou. Segundo ele, o partido deve fazer uma reunião para ouvir os deputados nesta semana.

Estadão Conteúdo
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