Foto: Alan Santos/PR
Michel Temer 18 de novembro de 2017 | 07:15

Temer vai mapear votos da reforma da Previdência na Câmara em reunião

brasil

O presidente Michel Temer vai examinar no domingo, 19, em reunião com ministros e aliados, uma série de planilhas contendo as composições das bancadas na Câmara, a fim de checar quantos votos cada um dos partidos da base vai lhe dar na reforma da Previdência. O “mapa da mina” servirá de ponto de partida para Temer decidir as mudanças no primeiro escalão de sua equipe. As trocas serão feitas em duas etapas e o foco inicial será o PSDB. Na tentativa de aprovar mudanças no regime de aposentadoria até meados de dezembro, o Palácio do Planalto condiciona a nova distribuição de cadeiras nos ministérios aos votos dados pelos aliados para a mexida na Previdência. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara, levarão ao presidente planilhas com dados sobre os deputados e a proporcionalidade das bancadas. Ali também estarão informações preciosas sobre como cada parlamentar se posicionou em votações consideradas fundamentais pelo Planalto, como as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra Temer. “Toda essa movimentação política precisa ter um resultado, que é a aprovação da reforma da Previdência”, disse Mansur. “Não dá para fazer trocas na equipe e não ter a contrapartida que interessa.” Prestes a desembarcar do governo, o PSDB convocou uma reunião de sua Executiva para quarta-feira, em Brasília, com o objetivo de discutir, além do cenário político, a reforma da Previdência. O partido convidou especialistas para abordar o assunto. Até agora, tucanos afirmam que, mesmo deixando a Esplanada, votarão a favor de mudanças para acabar com “privilégios”. Atualmente, o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar a proposta de emenda à Constituição e, por isso, foi obrigado a desidratá-la. Mesmo assim, pelos cálculos da Câmara, nem 200 deputados endossam hoje o projeto — o Planalto avalia que tem um pouco mais. A negociação, agora, se concentra na idade mínima para a aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 para homens) e na unificação das regras do funcionalismo público com as da iniciativa privada.

Estadão
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