Foto: Dida Sampaio/Estadão
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge 17 de novembro de 2017 | 19:12

Raquel tenta impedir fala de braço direito de Janot na CPMI da JBS

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, impetrou nesta sexta-feira (17) um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a convocação do procurador regional da República Eduardo Pelella, da Procuradoria Regional da República da Terceira Região, para depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS. Pelella foi chefe de gabinete e braço direito do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O depoimento de Pelella está previsto para o dia 22 de novembro. O ministro Dias Toffoli, do STF, foi sorteado para relatar o processo. Para a procuradora-geral da República, a comissão extrapolou os limites da sua atuação ao convocar Pelella, “infringindo as balizas que o princípio da separação de poderes lhe delineia e atingindo garantias constitucionais do Ministério Público”. “De fato, não cabe a Comissão Parlamentar de Inquérito dedicar-se a investigar eventuais condutas censuráveis de membros do Ministério Público, muito menos sindicar eventual cometimento de crime por eles”, sustentou Raquel. Para a procuradora-geral da República, não há dúvidas de que a convocação de Pelella tem o objetivo de “sindicar a atuação do procurador no procedimento de negociação de colaboração premiada – assunto inequivocadamente relacionado com a atividade finalística do Ministério Público”. “Investigação criminal ou administrativa de membro do Ministério Público é tema que se esgota no âmbito do próprio Ministério Público, que, para isso, dispõe de organismos com os conselhos – tanto o nacional como o do Ministério Público Federal – vocacionados a esse exercício. A investigação penal tampouco é atribuição do Poder Legislativo”, ressaltou a procuradora-geral da República.

Estadão Conteúdo
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