Foto: PSDB/BSB
Antonio Imbassahy (PSDB) 17 de novembro de 2017 | 07:10

PSDB governista tenta ‘saída negociada’

brasil

Empenhados em salvar a aliança com o PMDB para as eleições de 2018, tucanos que integram a “ala Jaburu” – composta por frequentadores da residência oficial do presidente Michel Temer – combinaram com o Palácio do Planalto o script do desembarque. A estratégia foi articulada para diluir a saída do PSDB da coligação e não parecer que o governo está a reboque dos tucanos. Auxiliares de Temer afirmam que, dependendo da forma como o PSDB “descasar”, pode haver uma porta aberta para uma dobradinha em 2018. Alegam, no entanto, que é preciso saber qual PSDB sobreviverá da convenção de 9 de dezembro. “Temer não será o divisor de águas da eleição de 2018. Não haverá uma disputa nem um plebiscito entre os que são a favor ou contra Temer”, disse ao Estado o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira. “A pretexto de defender uma candidatura presidencial do PSDB, a tese do desembarque passou a ser um biombo para ocultar a posição de ruptura daqueles que não querem votar a reforma da Previdência.” Diante da fratura exposta pelo PSDB, Aloysio apresentou a Temer a ideia de renovar o Ministério em dezembro, substituindo os nomes que, a exemplo dele, estão dispostos a concorrer no ano que vem. O chanceler confirmou ao Estado que será candidato à reeleição ao Senado. Além de condicionar a manutenção dos aliados na Esplanada à aprovação da reforma da Previdência na Câmara, o movimento foi planejado para que o Planalto não ficasse em posição reativa. Com tudo combinado, o então ministro das Cidades, Bruno Araújo (PE), saiu na frente e nesta segunda-feira, 13, entregou uma das mais cobiçadas cadeiras da Esplanada. Para o seu lugar, o nome mais cotado, até agora, é o do presidente da Caixa, Gilberto Occhi, indicado pelo PP. Em entrevista ao Estadão/Broadcast nesta quarta-feira, 16, Occhi desconversou: “Prefiro ficar na Caixa e concluir esse trabalho. Mas, se for inevitável….”. Antes da viagem a quatro países, Aloysio Nunes disse a amigos que também deixaria o cargo após a convenção do PSDB. Os outros dois ministros do partido que sairão são os baianos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

Estadão
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