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O presidente do Partido da República, Antônio Carlos Rodrigues 22 de novembro de 2017 | 13:31

Promotoria eleitoral pede prisão do presidente do PR

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O Ministério Público Eleitoral no Rio pediu a prisão preventiva do presidente do Partido da República, Antônio Carlos Rodrigues, na mesma representação à Justiça pelo encarceramento dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, detidos nesta quarta-feira, 22. Segundo a denúncia, que contém pedidos de prisão, Garotinho foi destinatário de R$ 2,6 milhões do grupo JBS. O repasse foi delatado pelo executivo Ricardo Saud e também foi confessado pelo empresário André Luiz da Silva Rodrigues, que admitiu ter usado sua empresa como laranja no esquema para abastecer a campanha ao governo do Rio. O Ministério Público põe Antônio Carlos Rodrigues como o intermediador do repasse para Garotinho, que teria ocorrido em 2014. Além de pedir a prisão do presidente do PR, o Ministério Público eleitoral também solicitou outras cautelares ao dois líderes partidários. “Os líderes partidários (Anthony Garotinho e Antônio Carlos Rodrigues) devem ser afastados do exercício de qualquer cargo ou função em agremiações partidárias, enquanto durar o processo, eis que demonstram ser indignos de representar interesses dos filiados e também, de integrar qualquer órgão ou exercer função relativa às eleições, salvo votar e ser votado”. Para os promotores, impõe-se ‘também uma maior restrição em suas locomoções, já que usam do cargo diretivo partidário e dos recursos públicos que são dirigidos aos Partidos, para burlarem a lei e obterem benefícios particulares, em prejuízo da coletividade e do bem comum’. “Devem ser proibidos, ainda, de ter contato com as testemunhas do processo e com os outros dirigentes ou integrantes de agremiações partidária, pois é comum que façam, mesmo à distância, articulações políticas espúrias e ilegais, visando as fraudar as eleições que se avizinham”. Segundo os promotores, ‘Antonio Carlos Rodrigues já foi senador da República e ainda é o presidente Nacional do Partido da República. Como ocorreu em 2014, e tendo em vista a iminência de novas eleições para Presidente, Deputados, Senador e Governador, há fortes indícios de que continuará realizando tratativas ocultas ilegais à frente do Partido’.

Estadão
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