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Sérgio Cabral 17 de novembro de 2017 | 07:10

Penas de até 300 anos ameaçam Sérgio Cabral

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Doze meses na detenção, 72 anos de prisão em três sentenças e a possibilidade de, no mínimo, condenações a três séculos de cadeia em 13 denúncias já ajuizadas. Assim o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) completa nesta sexta-feira, 17, seu primeiro ano preso, enquanto se defende de acusações de crimes por corrupção, lavagem de dinheiro, pertencimento a organização criminosa e evasão de divisas. Ultimamente, sua defesa tem se concentrado em apresentá-lo como vítima de um juiz “parcial” (o titular da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas) e de “histeria coletiva” em torno de seu nome. Bretas não quis comentar as acusações. O peemedebista conquistou, em sua reeleição, em 2010, a maior votação já recebida por um candidato ao governo do Estado em primeiro turno – 66% dos votos válidos). Chegou a ser aventado como possível vice na chapa com Dilma Rousseff em 2014. Hoje, ostenta outros “títulos”. Foi o primeiro governador condenado na Lava Jato, por exemplo. Também recebeu a sentença mais pesada da operação, 45 anos e dois meses de cadeia, em processo relativo a propinas em obras como a do Maracanã e o PAC das Favelas. No Brasil, um preso fica na cadeia por até 30 anos. O caso Cabral tornou-se ruidoso não só pelas cifras que envolveu. O esquema que, segundo o Ministério Público Federal, começou em janeiro de 2007, primeiro mês do primeiro mandato, teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão. Também chocou pela exibição da riqueza adquirida de forma escusa, simbolizada pela casa em Mangaratiba, no litoral sul fluminense, avaliada em R$ 8 milhões, e que deve ser leiloada, além das viagens ao exterior. É a “corrupção ostentação”, apontam seus acusadores.

Estadão
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