07 de novembro de 2017 | 17:26

Pelourinho ganha Feira Agroecológica a partir desta quinta-feira

Produtos da agricultura familiar, como hortaliças, frutas, legumes, verduras, mudas de plantas, sequilhos, doces em compotas e artesanato, além de rodas de conversa e até baianas de acarajé, vão compor a 1ª Feira Agroecológica do Pelourinho, que acontece a partir desta quinta-feira (9), das 9 às 16h, na Praça das Artes. O evento tem entrada gratuita e a ideia é que ocorra todas as quintas de cada mês. O projeto leva o nome de ‘Feira Agroecológica Nkaanda’, que significa família, nas línguas kimbundu e kikoongo, de origem bantu.A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (SDR), em parceria com a Associação Nacional Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu), Associação Sol Nascente, Awá Ações Afirmativas e a Secretaria de Cultura (Secult), por meio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). A Praça das Artes tem entrada pela Rua Gregório de Mattos (em frente à sede do Olodum) e é administrada pelo Ipac. A ação integra o Programa de Dinamização de Espaços e Museus do instituto, que é responsável pelos principais espaços museológicos de Salvador e equipamentos como Passeio Público e Palácio da Aclamação, entre outros.O projeto da feira tem como foco a geração de emprego e renda, divulgar o potencial da agricultura familiar que existe na Bahia e dinamizar ainda mais o Pelourinho e adjacências. “Essa parceria é fundamental para ocupação dos espaços públicos, oferecendo à população um serviço diferenciado como feira agroecológica, artesanato de várias localidades da Bahia, além de lazer e cultura”, afirma o coordenador de Acesso ao Mercado da SDR, Ronaldo Silva. As rodas de conversa foram criadas para se discutir a importância do projeto para a sociedade, a alimentação saudável, o baixo custo dos produtos da agricultura familiar, entre outros temas. Para a coordenadora de etnodesenvolvimento da Acbantu, Ana Maria Placidino, além da dinamização do espaço, a feira proporciona promoção, divulgação e acesso ao mercado. Segundo ela, “o diferencial da feira é que os produtos são da agricultura familiar e, sem o uso de qualquer tipo agrotóxico no processo de plantação, o que torna os alimentos muito mais saudáveis”. Na Bahia, os agricultores familiares cultivam 90% da mandioca plantada no estado. Cada região tem sua particularidade. A Bahia é o estado com maior número de estabelecimentos de agricultura familiar de todo o País (15,2% do total) de acordo com dados da Secretária de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

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