Foto: Isac Nóbrega/PR
Maior queda do PIB em 2015 ocorreu na indústria (5,8%), seguida pela agropecuária (3,3%) 09 de novembro de 2017 | 11:11

IBGE revisa PIB e economia teve queda menor que a anunciada em 2015: 3,5%

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A revisão do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) relativo a 2015 mostrou que a economia do país caiu naquele ano em volume 3,5% e não 3,8%. A constatação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (9), no Rio de Janeiro, O Sistema de Contas Nacionais 2010-2015. Revisados, os números indicam que o PIB de 2015 fechou em R$ 5,996 trilhões. Os dados do Sistema de Contas Nacionais são sempre revisadas pelo IBGE durante os dois anos subsequentes ao período de referência (2015), “com a finalidade de apresentar um resultado mais detalhado e estruturado da situação econômica do país”. As informações revisadas indicam que a maior queda por setor em 2015 ocorreu na indústria (5,8% em relação a 2014), seguida pela agropecuária (3,3%) e serviços ( 2,7%), o primeiro resultado negativo na série com início em 1996. O PIB per capita caiu 4,3% fechando em R$ 29,324 mil, em relação a 2014 – a maior queda desse indicador desde o início da série histórica em 1996. Segundo os números hoje divulgados, as quedas mais recentes ocorreram em 2014 (-0,4%), 2009 (-1,2%) e 2003 (-0,2%). Pelos números divulgados, é possível constatar que o consumo das famílias, que representa 62,5% do PIB, caiu 3,2% em 2015, registrando a primeira queda desde o -0,4% de 2003. A taxa de investimento recuou para 17,8%, um recuo que chega a 3,1 pontos percentuais em relação ao pico da série histórica em 2013, quando a taxa de investimentos chegou a 20,9%. Apesar da queda de 3,2% no volume do consumo das famílias entre 2014 e 2015, ainda no âmbito das famílias, a poupança teve aumento nominal de 25,2%, na mesma base de comparação. Para o gerente de Contas Nacionais do IBGE, Carlos Sobral, “o fato de 2015 ter sido um ano de crise fez com que as famílias controlassem os gastos. Além disso, em termos nominais, o crescimento da poupança é decorrência do aumento de 6,4% na renda, superior ao do consumo que cresceu naquele ano 5,4%”.

Nielmar de Oliveira, Agência Brasil
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