23 de novembro de 2017 | 21:59

‘Galera hoje o Rio está de luto’, escreveu Sadala no dia da prisão de Cabral

brasil

Há pouco mais de um ano, o empresário Georges Sadala cancelava uma confraternização. O motivo: a prisão de seu aliado, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Nesta quinta-feira, 23, a Polícia Federal prendeu o próprio Sadala na Operação C’est Fini, que pegou também outros aliados do peemedebista, inclusive seu ex-chefe da Casa Civil Régis Fichtner. Sérgio Cabral foi preso em 17 de novembro de 2016. O ex-governador está custodiado na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio.A força-tarefa da Lava Jato apreendeu um e-mail de Georges Sadala. A mensagem foi enviada pelo endereço ‘gesadala@’.”Galera hoje o Rio está de LUTO!!!!!! Acho inoportuno confraternizarmos num clima desse!!! Vamos remarcar em breve!!! Ab a todos!!”, dizia o e-mail.No diálogo, segundo os investigadores, o empresário “se referia à organização de evento de confraternização, chamado de ‘confraria’, que estava agendado para o dia 17 de novembro de 2016″.”Ocorre que essa foi justamente a data de deflagração da Operação Calicute, com a prisão de Sérgio Cabral e vários outros integrantes da organização criminosa. Assim, às 9:26h da manhã, Georges Sadala mandou a mensagem para os amigos, afirmando que o ‘Rio está de LUTO’ e cancelando o evento”, relatou o Ministério Público Federal.A Procuradoria da República aponta que Sadala é “dono da Gelpar, empresa integrante do Consórcio Agiliza Rio, criado em 2008, para implantação, operação e gestão das unidades Rio Poupa Tempo tendo recebido do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, R$ 3,3 milhões, em 2009, R$ 22,4 milhões, em 2010, R$ 24,2 milhões, em 2011 e R$ 6,9 milhões, em 2012”.De acordo com os investigadores, o codinome do empresário era “G”, “Salada” e “Saladino”. A força-tarefa da Operação C’est Fini destaca que o empresário participou da memorável “farra dos guardanapos”, em Paris, em 2009, com Sérgio Cabral e outros convivas.

Estadão
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