Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO
João Amoêdo é apontado pelo Novo como pré-candidato à Presidência em 2018 19 de novembro de 2017 | 10:00

Amoêdo diz que Novo precisa ser mais conhecido

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O Partido Novo lançou neste sábado a pré-candidatura do ex-banqueiro João Amoêdo para a disputa presidencial de 2018 em um ato com a presença de mais de mil filiados em um hotel na região da Avenida Paulista, em São Paulo. A avaliação dos líderes é que os desafios são tornar a legenda mais conhecida e aumentar a base partidária hoje formada principalmente por empresários, empreendedores e integrantes de grupos que foram às ruas para pedir o impeachment de Dilma Rousseff. “O nosso problema é o Novo ser mais conhecido”, disse Amoêdo no rápido discurso que encerrou o encontro. Criado em 2015 com o objetivo de renovar o cenário político brasileiro e defender valores do liberalismo econômico, o Novo é atualmente, segundo seus dirigentes, o partido com maior número de seguidores nas redes sociais, cerca de 1,5 milhão de pessoas, tem visto crescer o número de filiados e é uma das poucas legendas no Brasil que não enfrenta problemas financeiros. Segundo o presidente do Novo, Moisés Jardim, em outubro o Novo chegou ao número de 15 mil filiados que pagam em média R$ 30 por mês. A arrecadação, segundo ele, é suficiente para cobrir os R$ 3 milhões de despesas anuais. Defensor do estado mínimo, o Novo tem depositado as parcelas nas quais tem direito do Fundo Partidário em um fundo de renda fixa do Banco do Brasil até encontrar uma forma legal de devolver o dinheiro aos cofres públicos –hoje inexistente. De acordo com Jardim, a conta tem mais de R$ 2,7 milhões. Questionado sobre a ausência de mulheres e negros no evento, Jardim admitiu a homogeneidade da militância do Novo mas descartou a ideia de cotas raciais ou de gênero. “A gente não tem restrições nem cotas, a não ser a exigência legal de um número mínimo de candidatas mulheres, mas precisamos aumentar nossa base. Essa é a primeira tarefa”, afirmou. Sobre a política de alianças que o partido pretende adotar no ano que vem, ele descartou apenas o PT, PSOL e PSTU, por divergências ideológicas, mas disse que o Novo vai ser seletivo na escolha de possíveis parceiros.

Estadão
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