Foto: Reprodução/Arquivo
Presidente da UPB, Eures Ribeiro 27 de outubro de 2017 | 09:07

Sucesso de público, evento da UPB evita ataques a Temer e Neto e irrita governo

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Presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa, pode ter saído bem na foto com os colegas por conta da mobilização que parou o Centro Administrativo da Bahia e parte da cidade, na manhã de ontem, mas tem sido alvo de fortes críticas, ainda que veladas, do governo estadual desde a quinta-feira, quando mais de duas mil pessoas pararam o CAB.

Primeiro, porque a pauta sobre a qual os prefeitos se debruçaram, relativa ao pagamento do royalties do Petróleo e do repasse do transporte escolar, já havia sido objeto de encontro entre ele e o governador Rui Costa (PT), na semana passada. Segundo, porque desconsiderou a orientação para focar os ataques na direção do governo federal, que já anunciou cortes nos programas sociais para o ano que vem de mais de 90%, em alguns casos.

“Como as Prefeituras vão se ver com a diminuição do orçamento da SUAS, que engloba os programas sociais, e do SUS, por exemplo, no ano que vem? Será que os prefeitos não estão vendo isso?”, questionava, irritado, agora de manhã, ao Política Livre, importante aliado do governador, lembrando que, perto do impacto dessas medidas sobre as gestões municipais em 2018, a pauta em que o evento da UPB se concentrou ontem foi “secundária”.

Outro ponto que interessava ao governo que fosse abordado é o do empréstimo de R$ 600 milhões para obras do metrô e estradas, cuja dificuldade para ser liberado o PT atribui ao DEM do prefeito ACM Neto. “Isso seria dinheiro na veia para as prefeituras no interior”, disse a mesma fonte. Por sugestão do governo, o deputado estadual Luciano Almeida (PSB) chegou a preparar uma moção contra os governos federal e de Neto.

Mas o assunto acabou recebendo pouca atenção do presidente da UPB e de seus assessores, que o governo esperava que abrissem espaço para críticas à postura do prefeito de Salvador no encontro. “É como não se levasse em conta uma questão importante para a Bahia, que está sendo travada por esta turma do DEM, de Rodrigo Maia (presidente da Câmara), e de ACM Neto”, disse o mesmo aliado do governador.

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