31 de outubro de 2017 | 09:11

Shoppings de Salvador tiveram 200 lojas fechadas em 2016

economia

Apesar do bom número de contratação temporária – são previstas 2 mil vagas para este final de ano -, o índice de loja fechada dentro dos centros comerciais assusta os lojistas: foram 200 em Salvador, somente no ano passado. “Temos três anos nessa crise violenta e não temos a compreensão do empreendedor. Nós precisamos estar mais juntos e o diagnóstico é o primeiro passo disso”, disse o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), Carlos Andrade, nesta segunda-feira (30), durante a apresentação do Diagnóstico da Relação Lojistas e Shoppings Centers, encomendado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e a própria entidade. Ele defendeu o documento como um pontapé para melhorar a situação dos centros comerciais. O diagnóstico aponta ainda que 75% das lojas de shopping são pequenas, e faturam entre R$ 40 mil e R$ 60 mil por mês, de acordo com estudo da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop).Para o presidente da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas (FCDL), Antoine Tawil, o momento é de se voltar para as lojas menores.Ainda de acordo com o estudo, o shopping é composto por 3% de lojas-âncora, 2% de megalojas, 1% de lazer e 15% de alimentação.Um dos motivos para o fechamento das lojas é o alto custo dentro do shopping center, pontua Felipe Sica, coordenador da Câmara de Empresários de Shopping Center.O diagnóstico mostra que o índice está acima do que é recomendado pelo International Council Of Shopping Centers, que indica que o custo de ocupação saudável não deve representar mais do que 10% do faturamento da loja.“Esse número (de 200 lojas fechadas) é menor do que 10% dos pontos de vendas, que são 2.300. Além disso, esse número é cinco vezes menor do que o que ocorre em loja de rua. Então, o lojista tem uma segurança maior dentro do shopping”, defendeu o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Edson Piaggio.

Correio*
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