Foto: Emerson Nunes/Arquivo
Pinheiro volta ao Senado para votar pelo afastamento do colega Aécio Neves 17 de outubro de 2017 | 09:43

Pressão contra retorno de Walter Pinheiro ao governo já é grande

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A decisão do senador licenciado Walter Pinheiro (sem partido) de pedir exoneração da secretaria estadual de Educação comporta um risco grande para sua relação com o governo. Apesar de ter usado como argumento oficial para deixar a pasta o desejo de votar pelo afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Pinheiro corre o risco de ter seu retorno à administração boicotado devido a pressão de gente do próprio governo.

“O melhor seria que ele ficasse por lá”, disse agora há pouco ao Política Livre um importante aliado do governador Rui Costa (PT). Segundo a mesma fonte, é preciso reconhecer que Pinheiro não é um secretário relapso, mas está muito longe de vir fazendo um trabalho que provoque admiração. Além disso, desagrada há muito mais gente do quem está fora do governo imagina.

O colaborador do governo acha, entretanto, que o problema de Rui Costa é encontrar um nome que possa substituí-lo. Ele avalia que Pinheiro decidiu voltar ao Senado porque, para seus planos de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, no ano que vem, é importante tomar parte em votações importantes, que lhe dêem visibilidade na opinião pública.

Mas adverte também que, na hipótese de Pinheiro se afastar em definitivo da Educação, estará criado, no governo, um problema com o PP, partido do suplente de Pinheiro, Roberto Muniz, um senador com atuação elogiada que terá, no entanto, que deixar o Senado. Antes de assumir a vaga do ex-secretário Muniz dedicava-se à atividade privada. Agora, não se sabe o que lhe aconteceria fora da política.

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