30 de outubro de 2017 | 11:58

Ex-chefe de campanha de Trump é indiciado em investigação sobre interferência russa

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Ex-coordenador da campanha de Donald Trump, Paul Manafort foi denunciado perante a Justiça Federal sob acusação de conspiração contra os Estados Unidos, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e financeira, omissão de seu trabalho como agente de governo estrangeiro e declarações falsas a autoridades americanas. A denúncia foi apresentada na sexta-feira pelo investigador especial Robert Mueller, que foi nomeado em maio para comandar a investigação sobre a suspeita de interferência da Rússia na eleição dos EUA com o objetivo de beneficar Trump. Mas não há nenhuma menção à Rússia nem ao trabalho de Manafort na campanha republicana nas 31 páginas em que Mueller descreve suas supostas ações criminosas.O documento foi apresentado em sigilo a um Grande Júri, que concluiu que há indícios suficientes para abertura de um processo criminal contra o consultor político e seu sócio, Rick Gates. Na manhã desta segunda-feira, Manafort se entregou ao FBI.As acusações se concentram nos contratos que ambos tinham para assessorar o ex-presidente da Ucrânia Victor Yanukovich, aliado de Moscou derrubado por uma rebelião popular em 2014. Mueller sustenta que Manafort abriu uma série de empresas de fachada nos EUA, no Chipre, nas Granadinas e na Grã-Bretanha para receber pagamentos de milhões de dólares não declarados ao fisco americano. Os recursos depositados nessas entidades eram enviados por transferência bancária aos EUA sob o pretexto de pagamento para bens, serviços e imóveis. “Eles não declararam essas transferências como renda”, destaca Mueller. Segundo a denúncia, o esquema vigorou de 2008 a 2017, o que abrange o período em que Manafort trabalhou com Trump. O consultor político entrou na campanha em março do ano passado, com a missão de organizar a convenção do Partido Republicano que consagrou a candidatura de Trump. Em junho, ele foi promovido a coordenador da campanha. Leia mais no Estadão.

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